segunda-feira, 25 de março de 2024

living life at the right Pace

Vou seguindo o exemplo do meu marido de sonhos, Lee Pace, e vou passeando pelo mundo tirando proveito, aprendendo com tudo que posso, e encontrando a beleza de ser eu mesmo. Um brinde aos 45 do Lee! E eu vou continuar almejando a nossa união estável.





good days

Bom demais realizar um sonho, aquele gosto de cumprir um desejo tão ardente dentro de nós, seja lá no fundo do coração, nas vísceras ou na mente. Não sei bem que hormônios são liberados, não sou um cientista, mas sei que sonho feito concreto rende sensações que revitalizam a gente, e renovam nossa experiência de vida, nos dão um reset emocional.

Ontem eu realizei um, na presença da SZA em sua apresentação no Lollapalooza, adaptada de sua turnê doméstica do último álbum, SOS. Para o artista, o show é um momento de compartilhar sua vida com milhares de fãs, mas para mim é um evento que ocorre entre o espetáculo no palco e eu, somente. É uma troca pessoal, ali eu me entrego, em retorno, e ignoro o mar de gente que me engole.

A música é realmente uma linguagem muito primária, basilar à vida; passa por cima de todas as línguas, de tudo e de todos, e amarra tudo que há. Já tive a sorte de presenciar grandes ídolas, e a noite de ontem foi mais uma de que jamais me esquecerei.




 



sábado, 23 de março de 2024

[ Filme DL ] The Pass (2022)


 The Pass é um pedaço de vida do Ben, um rapaz introvertido, de olhos atentos aos detalhes ao seu redor. De folga, no feriado, em uma cidade de interior, ele busca um momento de se entregar ao seu local de conforto particular – a água –, mas sempre atento a possíveis conexões.

Encontrei esse curta e fiquei bastante encantado, porque embora a história seja bem simples, a narrativa visual me arrebatou – nos aspectos técnicos, não deixa nada a desejar e coloca no bolso muito filme de alto orçamento por aí.
 
Com esta obra, eu quero abrir uma nova leva de compartilhamento de curta-metragens especiais que tenho assistido e que valem recomendação. Para este, fiz a tradução da legenda para o português, como já fiz de outros. Desculpa aos colegas cineastas contra a troca ilegal de filmes, mas eu acredito que a arte deve ser vista e dividida.


FICHA TÉCNICA


Nome:
The Pass (2022) 
Gênero: Drama
Duração: 15 min
Direção e Roteiro:  
Elenco: Angus O'Brien, JaQwan J. Kelly, Paul Bomba, Blanche Akonchong
Sinopse: De férias no campo, Ben busca um lugar para nadar e aceita a sugestão do jovem Sam de invadir um lote particular, A Praia da Passagem.
IMDb 6.1


IMAGENS





TEASER


 

LINK


• Filme em .MKV, legendas em Português e Inglês [1080p | 607 MB]
(The.Pass.2022.1080p.WEB-DL.AAC2.0.x264-KUCHU)


de visita na casa dos pais

 Mais uma vez, de visita aos meus queridos Wans e Melo, e à cidade que não dorme. Como já contei, com muita empolgação, vim para o Lollapalooza, e amanhã vejo a SZA. 💙🌊






sexta-feira, 15 de março de 2024

▷ ≋ O

eu, 1989

 Eu me lembro de quando percebi que duas pessoas da minha trindade começaram se fundir. Explico.

Ao passo que comecei a escrever por aqui, 15 anos atrás, fui me entendendo como fragmentado em 3 eus: o Wando, eu natural, nascido, registrado e resultante de um período formativo marcado por vários traumas; o Joe, eu reconhecido dentro da minha cabeça, ali pela adolescência, como subterfúgio, como escape e sobrevivência, o eu ativamente real no mundo; por fim, o Benin, eu projetado, aquele que eu idealizada e sonhava em me tornar, minha versão mais evoluída e madura. 

Retomando, um tempo atrás comentei que, avançando no longo processo de autoperceção, Wando e Joe me pareciam cada vez mais mesclados, como se o eu do agora, que mais se entende como eu, estivesse finalmente trazendo pelas mãos o eu fragilizado do passado rumo à luz, assim formando uma dupla, mais fortes para as lutas da vida.

eu, 2018

 E hoje, o que vejo é que esse par conseguiu encontrar o eu lá da frente, aonde queria chegar. O Benin, a quem escrevo estas cartas, a pessoa que me escuta quando eu as leio de volta, está cada vez mais aqui, comigo, factual. O aprimoramento por que eu ansiava, ele já existe, os três eus enfim se unem numa liga completa, possante. O triângulo se abre em linhas curvas e forma um círculo, uma pessoa redonda, em formação mais orgânica, em evolução mais constante. É maravilhoso olhar pra trás e ver tudo que eu virei.

 É especial que essa reflexão se faça clara hoje, no meu aniversário, agora 37 anos completados, em que inicio o meu ano da Justiça, segundo as cartas do tarô. Este é um novo tempo de receber o que é meu por direito, colher frutos do que trabalhei - fora e dentro de mim - para conquistar, tudo aquilo que é de importância para mim. Hoje também faz 10 anos que voltei de Sydney. Tempo, ele dá mesmo conta das coisas. Qual é o melhor exercício do aniversário de vida, senão esse de fazer uma sinopse reversa e se maravilhar diante do que se viveu, chorou, sorriu, aprendeu? Melhor do que isso, só compartilhar dessa alegria com quem a gente ama e quer ver a gente alcançar a plenitude.

eu, 2023

 Eu nadei muito pra chegar até aqui. Parabéns, Joe Wando Benin!

let us have cake

Graham Parkhurst mandou um Feliz Aniversário e, não obstante, muitas felicidades!










Obrigado, lindo, obrigado!

quinta-feira, 14 de março de 2024

sobre controle: sob controle

 O ano era 2011, eu havia recém chegado a Gold Coast e descobria os arredores, tudo com ar de novidade. Após uma dessas andanças, e reparando o ritmo provinciano que a cidade levava, postei aqui um texto comentando como, até então, a parcela de homens gays que havia avistado era composta inteiramente por homens afeminados, e reportei a notícia com um descontentamento expresso - uma repulsa, até. A maior parte das pessoas que leram o post não viu grandes problemas, mas um leitor assíduo da época deixou um comentário que, embora ríspido, pretendia me escolar sobre o assunto. Discutimos calorosamente pela caixa de comentários, até que deletei o texto, não gosto de conflito.

O fato é que, em 2011, não vivíamos a cultura da lacração; ou melhor dizendo, não tínhamos, enquanto sociedade, o nível de esclarecimento e evolução do respeito às microminorias que temos hoje. Já nesta década, um texto como aquele não seria aceitável, tampouco eu o escreveria, pois com o avanço do pensamento comum, o meu também escalou - ainda bem! A gente é mais ignorante quando, diante da informação, a recusa. 


Corta para 13 de março de 2024: em cena, minha psicóloga, atenta, me ouve desdobrar eventos de infância e como tenho concluído, que, a partir deles, construí minha resistência e aversão a dividir minha intimidade com outros. Ela me rebate com: "O que é intimidade para você?". E eu ilustro, é o que sinto quando estou com meus amigos e tenho liberdade para falar e agir como realmente me importa. Diante disso, percebo que, sob a influência de um grupo de amigos, aprendi a abraçar meus traços de feminilidade que, em meus anos formativos, fui condicionado a reprimir como fossem uma praga. Da convivência veio a naturalização e, logo, a aceitação. Hoje eu adoro quando, na companhia certa, me sinto à vontade para dar pinta, dar close, desmunhecar, falar manso com voz fina e afetada, ou ser referido com palavras femininas - querida, mulher, gata, amiga, linda - e com termos que não mais tomo como insultos, mas sim íntimos - gay, viado, puta, bicha bichérrima.


Eu pediria, e peço, desculpas ao leitor que me alertou, lá atrás - e a quais outros tenham se ofendido -, sobre meu comportamento tóxico, embebido de um preconceito aprendido. Mais relevante que o erro é o acerto a que cheguei, a visão clara de que a vida é mais leve quando a gente não se deixa prender a amarras vãs, e apenas larga mão do controle, passa o volante e a direção das coisas para o autopiloto da vida, e do mais ela se encarrega; apenas confia e vai.


Em pouco mais de uma hora se encerrará o meu ano do arcano Carro, que posso atestar, foi de percurso árduo, de pedágios, acidentes e desvios de rotas, mas com orgulho posso, hoje, ver aonde eu cheguei, e reconheço que a viagem valeu a pena - pelo destino e pelo trajeto, contente e ciente de que muito aprendi no caminho.

 


terça-feira, 12 de março de 2024

L.O.S.T. - SZA

 

  A essa altura já é redundância tentar introduzir a SZA, basta voltar à maior parte dos meus textos por aqui nos últimos seis anos. E não é só porque me agrada a sonoridade que eu tenho usado tantas de suas canções como trilha sonora para as minhas postagens - certamente, sua voz e melodias são de enorme motivação. São as letras das músicas da gata que me prendem num elo muito profundo e pessoal de identificação, parece que ela tem uma preparada para cada fase, cada situação, cada drama e cada reflexão por que eu passo.


 

  Nossa conexão foi irresistivelmente inevitável, era para ser, não tinha para onde correr, e apenas se consolidou com o lançamento do S.O.S. em dezembro de 2022. A começar pela capa, o álbum me fisgou com um arpão, me manteve firme com uma âncora e ali permaneci; ele foi meu captor e meu salva-vidas, de uma só vez, num oceano plural de 23 faixas - muitas das quais seguem presas na minha rede de favoritas.


  Tamanho foi o impacto que marquei na pele duas tatuagens, que não somente estampam minha admiração pela obra, mas meu envolvimento com as estrofes, versos, refrões e pontes, voz e emoção presentes na música da SZA. A primeira delas é o nome do álbum, S.O.S. (termo globalmente atribuído ao pedido por socorro), para me lembrar de sempre recorrer à minha rede de suporte e pedir ajuda quando preciso; a segunda é a palavra blind, em referência ao título da faixa 6, que já elaborei sobre como me toca, no tocante a amor próprio.

E, no tempo de 12 dias, estarei imerso no mar de fãs que vão apreciar sua apresentação no Lollapalooza, em São Paulo. Eu estou um próprio oceano em noite de lua cheia, ebuliente, ansioso por essa experiência - lancei ao universo a profecia no meu aniversário do ano passado, e o presente chegou neste março, presente.



  Para ir mais afundo, recomendo este vídeo, que conta um pouco da história da menina Solána Imani Rowe, e este pocket show transmitido em 2021. E quem assina Apple Music também pode ver várias faixas do novo show da S.O.S. Tour  que tá maravilhoso. Eu vou ver ao vivo! 🩵

 

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vídeo por @notmrblue


sábado, 9 de março de 2024

esse é o kit que eu quero para o meu país

 Eu não quero nem saber, virou o calendário pra março, eu já entrei todo empolgado, e vou surfar nessa alegria até o fim, ou até que uma onda me derrube. Vai ser/está sendo um mês de vazão, de esforço, de celebração, de reconhecimento e de mulheres. 

Oito-do-três é o Dia Internacional da Mulher, e da luta feminina por equalidade, mas não há como postar foto de todas as mulheres que eu acho foda, então vim te mandar essas do Kit Connor, o fofo querido de Heartstopper, que ontem também foi seu aniversário. Vida longa!



 Okay, já fiz o meu pedido, pode apagar as velas.


sexta-feira, 1 de março de 2024

sol e MARço

Fevereiro veio, entregou o carnaval, e passou o bastão adiante. Cumprido o dia bônus deste ano bissexto, entramos em março, e eu estou muito animado! Quinze dias de férias me aguardam e me guardam grandes experiências. E ali no meio-ponto do mês tem o meu aniversário, que também marca o encerramento do meu ano do Carro, e o início do meu ano da Justiça, já diziam as cartas. Contrariamente ao ano passado, neste ano eu estou puramente feliz que março chegou.

Pensando no costume social que temos de imputar valor às coisas, principalmente àquelas que revolvem ao tempo, ontem copiei uma ideia bacana que vi no Instagram: uma cápsula do tempo pessoal, uma carta falada para o eu que me encontrará daqui a 4 anos, no próximo fim de fevereiro estendido. Tá tudo gravado, nem precisei enterrar, que a internet já se encarrega disso por mim - haja conteúdo!

 


Voltamos a apresentar.


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